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Madrugada | Ana Pina

luta, luto

Preço normal €50,00
Preço unitário  por 
Imposto incluído.

Ana Pina, Portugal

luta, luto 2 pins

prata 925, borracha (fecho)

medidas variáveis, aproximadamente 30x40-60x1mm

2024


Edição limitada especial de 50 unidades, todas diferentes, inspirada na peça original “luta luto” (ver nona foto e seguintes). 

Cada par de pins é acompanhado de um folheto numerado e assinado, que explica o conceito da peça.


Espalha a mensagem, partilha, usa com orgulho. Luta pela liberdade, sempre. 

#50Anos25Abril 



“luta luto” é um colar, peça única, de Ana Pina. 

É criado para a exposição “Jóias para a Democracia”, que inaugura a 17 de Abril de 2024, no Museu do Tesouro Real, em Lisboa, Portugal, no contexto da II Edição da Bienal de Joalharia Contemporânea de Lisboa, promovida pela PIN, com o título “Madrugada”, no mesmo ano em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril de 1974.

Uma exposição para as mulheres que fizeram a liberdade. Em resposta ao convite da curadora Marta Costa Reis, Ana Pina escolhe homenagear Ana Hatherly (Porto, 1929 - Lisboa, 2015). 



“O Pavão Negro”, poema escrito para uma exposição da escritora/pintora Ana Hatherly, apresentada no Porto em 1999, serve de mote para “luta luto”, peça para “ver-ler” que joga com as palavras e os seus significados, numa alusão ao “grito calado” que encontrou voz na madrugada de 25 de Abril de 1974.

50 anos. 50 vezes escrevemos, lemos, repetimos “luta luto”, até as palavras se libertarem do seu peso, “agora dissolvid(o) na sedução do objecto estético”. Palavra, mancha, “cascata suspensa”, em que a tinta negra que escreve, ganha a tridimensionalidade e o movimento a que o desenho apenas aludia.

Construído como um colar, olhamos aqui para um objecto conceptual, pela sua dimensão e fragilidade - embora resida também na impermanência a sua força. Para a gargantilha é usado simplesmente o filamento de PLA antes de ser colocado na caneta de impressão 3D, pelo formato ergonómico e o desejo de simplificar a escolha de técnicas e materiais - como se a peça se tratasse de um desenho realizado a traço contínuo, pronto a ganhar vida. Colocada no corpo como numa folha de papel: “Só então desdobra / o radioso encanto / do seu frágil mistério”.


(As citações ao longo do texto são de Ana Hatherly, retiradas do prefácio e poema em três partes “O Pavão Negro”, incluído no livro com o mesmo nome.)