Desafio 2023 Joalharia e Viagem
Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Viajar é, provavelmente, das experiências que mais nos enriquecem.
Conhecer países, pessoas, paisagens ou cidades, diferentes culturas, formas de estar, comidas, roupas, costumes. Experienciar o mundo aumenta a consciência de sermos apenas mais um ínfimo grão de areia neste imenso universo. Permite-nos aprender mais sobre o que nos rodeia e sobre nós próprios.
Podemos viajar sozinhos ou acompanhados, sem destino ou com mapas. Podemos viajar de carro, barco, avião ou comboio - e o modo como absorvemos o tempo e a paisagem será totalmente diferente.
Podemos ser turistas com visitas guiadas marcadas ou viajantes sem destino ou data de regresso.
Mantemos registos em forma de desenho, fotografia, diário… acumulamos recordações que são tão ou mais importantes do que a viagem em si, porque ficam para sempre. Viajar altera a nossa percepção do tempo, mostra-nos imagens, sons e cheiros novos, abre horizontes.
Percorremos cidades desconhecidas e sentimos que poderíamos aí viver, como se tivéssemos encontrado um amigo. Rodeamo-nos de pessoas que falam línguas estranhas e descobrimos o que pode ser uma linguagem universal. Perdemo-nos e encontramo-nos.
Mas uma parte importante da viagem pode ser também o regresso a casa - e a forma como, ao regressar, nos sentimos diferentes. E trazemos sempre uma ou mais aventuras para contar.
Lições de história, arte ou geografia. Mapas e malas de viagem, bilhetes de avião e horários de comboios. Ruas, praças, museus, ruínas, caminhadas pela montanha ou o mar a perder de vista. Memórias que guardaremos para sempre e souvenirs que provam que a viagem foi real.
Este ano convidamos os autores a deixar-se inspirar livremente pelo imenso mundo das viagens - que joalheiros de todo o mundo nos levem a viajar pelo mundo inteiro. Boas viagens!
JÚRI
Ana Pina (Portugal) | joalheira, fundadora/curadora no Tincal lab
Arquitecta de formação (FAUP, 2004), trabalha alguns anos nesta área antes de descobrir o mundo da joalharia. Joalheira e galerista, divide agora o seu trabalho entre a sua marca pessoal, lançada em 2012, e o Tincal lab, que é deste 2015 um espaço de trabalho, exposição, venda e dinamização da joalharia contemporânea, no centro do Porto.
No seu trabalho, Ana Pina cria peças únicas ou colecções limitadas de peças de inspiração marcadamente geométrica e abstracta.
Lara Solia Barenboim (Argentina) | vencedora do Prémio Selecção do Júri do Desafio Tincal lab 2022
Lara Solia Barenboim nasceu na Argentina e cresceu entre a Argentina e o Brazil. Estudou joalharia no Taller Eloi (Buenos Aires, Argentina) e foi estudante de intercâmbio na Cranbrook Academy of Arts (Detroit, Estados Unidos). Frequentou seminários com Lori Talcott, Alberte Tranberg, Rodrigo Acosta Arias.
Actualmente vive e trabalha em Buenos Aires, colaborando com diferentes marcas de moda como bordadeira. O seu trabalho académico final esteve exposto na Galerie MARZEE (Holanda), participou em exposições na Galeria Alice Floriano (Brasil), Tincal lab (Portugal) e na bienal Melting Point em 2023 (Espanha).
Nóra Tengely (Hungary) | designer de joalharia, membro da organização da Budapest Jewelry Week
Nóra Tengely é uma designer de joalharia de Budapeste, especializada em peças únicas ou de edição limitada. Com estudos na Haute École d’Art et de Design (Genebra) e na Moholy-Nagy University of Art and Design (Budapeste), é parte da organização da Budapest Jewelry Week.
No seu trabalho foca-se nas correntes, construindo, desconstruindo e reconstruindo, tratando-as como se fossem um material, em busca de novas funções, novas formas - novos conceitos de corrente.
PRÉMIOS
Selecção do Júri: Judy McCaig (GB).
Selecção do Público (voto presencial no Tincal lab e online): Jane Sedgwick (GB) + FESTIVO design (CO).